quinta-feira, setembro 20, 2007

Se for verdade, aplaudo!


O Papa Bento XVI recusou receber a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, em Agosto, revelou ontem o jornal italiano ‘Corriere de la Sera’. O Sumo Pontífice não recebe habitualmente visitas oficiais durante as férias em Castel Gandolfo, mas o jornal considera que o gesto foi uma rejeição clara da administração do presidente George W. Bush e um desagravo por desacordos passados.

Rice fez saber “que precisava absolutamente encontrar-se com o Papa” para fortalecer a sua posição diplomática antes de um périplo pelo Médio Oriente, refere ainda o mesmo jornal, sem dar conta das suas fontes de informação. A resposta oficial ao pedido terá sido, apenas: “O Papa está de férias”. Perante a recusa, Rice foi forçada a manter apenas contacto telefónico com o ‘Número Dois’ do Vaticano, cardeal Tarcísio Bertone, então de visita aos EUA por outros motivos.

Há pelo menos duas razões para explicar uma ‘retaliação’ da Santa Sé à administração Bush. Primeiro, foi a própria Rice quem, em Março de 2003, aquando da invasão do Iraque, fez saber ao enviado especial do Papa (então João Paulo II) que os EUA não estavam interessados na opinião do Vaticano sobre a guerra. Segundo, Washington respondeu de forma brusca a um pedido para que os direitos dos cristãos iraquianos fossem protegidos após a invasão.

quinta-feira, setembro 06, 2007

Caricatura de Maomé

A embaixadora da Suécia em Damasco, Catharina Kipp, pediu desculpas em nome de seu país pela publicação no jornal sueco "Nerikes Allehanda" de uma caricatura em que Maomé aparece como um cachorro, segundo fontes sírias.
Um comunicado oficial do Governo sírio divulgado pela agência oficial "Sana" disse que Kipp expressou seu respeito pela fé islâmica, pelos muçulmanos e "pelo povo sírio em particular".
A nota acrescenta que a diplomata entregou ao "grande mufti" sírio (a maior autoridade religiosa do país), o xeque Ahmad Badruddin Hasun, uma cópia da declaração do primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, sobre o tema.
Na carta, segundo a agência, Reinfeldt diz que a Suécia é um país onde pessoas de diferentes religiões podem conviver e as bases do modelo social são o respeito mútuo e a compreensão. Ele lamentou a ofensa que causou o mal-estar dos muçulmanos e pediu que a imprensa não provoque nem insulte outras religiões.
O "grande mufti" sírio disse que há "uma terceira parte interessada em prejudicar as relações entre os países árabes islâmicos e a Suécia, para expandir o ódio entre os filhos das religiões divinas".
Hasun acrescentou que "a posição do primeiro-ministro sueco e seu pedido de desculpas terão efeitos positivos nos espíritos dos muçulmanos e ajudarão a parar a provocação".

Não há dúvidas que tem de haver o máximo respeito pelas ideias e religiões dos outros.