Padres legalistas
Resposta a MC
Hoje deu-me para ler o post sobre os donos dos sacramentos, no blogue Jardim de luz e respectivos comentários. E digo-vos que fiquei preplexa.
Os padres são apelidados de donos dos sacramentos mas muitos dos comentadores deste post referido acima parecem os donos da Igreja. O Papa, os Bispos e os Padres são um impecilho para que se viva o amor dentro da Igreja. O próprio Cristo que correu a azorrague os vendedores do átrio do Templo é capaz de não escapar às críticas. E então S. Paulo deve estar no inferno, pois, como se lê na 1.ª Carta aos Coríntios, cap. 5, mandou excomungar alguém que estava a viver maritalmente com a sua própria madrasta.
Deixo aqui o seu mandato de excomunhão:
«Ouve-se dizer constantemente que se comete, em vosso meio, a luxúria, e uma luxúria tão grave que não se costuma encontrar nem mesmo entre os pagãos: há entre vós quem vive com a mulher de seu pai!... 2. E continuais cheios de orgulho, em vez de manifestardes tristeza, para que seja tirado dentre vós o que cometeu tal acção! 3. Pois eu, em verdade, ainda que distante corporalmente, mas presente em espírito, já julguei, como se estivesse presente, aquele que assim se comportou. 4. Em nome do Senhor Jesus -, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de nosso Senhor Jesus -, 5. seja esse homem entregue a Satanás, para mortificação do seu corpo, a fim de que a sua alma seja salva no dia do Senhor Jesus.»
Pelo que me diz um padre da minha família, que está em Moçambique, o que mais lhe custa é ter de negar um sacramento a alguém que vive em casamento irregular à face das leis da Igreja. Mas vai fechar os olhos à poligamia ou outras tradições contrárias ao que ensinou Cristo? Creio que muitas das situações presentes na mente dos comentadores e da própria MC preocupam os nossos padres. Mas devem atraiçoar a doutrina bíblica e da própria Igreja para serem modernos e queridos de todos?! Eu penso que a fidelidade também passa por aqui...
Que dizem os leitores?
posted by Em contra-corrente @ 3:13 da tarde
26 Comments:
Cara Em contra-corrente, Surpreso, restantes e vindouros.
Claro que a fidelidade passa por aí!
"Que a senhora não possa ser baptizada, ou pelo menos não deva ir à hóstia, é canonicamente certo; que não seja acolhida amorosamente pelo e no seu anseio de comunhão, é cristologicamente errado. E o respeito de uma destas alíneas não exclui o respeito da outra (...)"
Realçam-se duas coisas aqui em jogo: a capacidade de executar o ilimitado amor trinitário em qualquer um. e a consciência e avaliação do caso real e vivido.
A simplificação dos problemas numa conflitualidade tradição / contemporaneidade não tem interesse cristológico nenhum. As interrogações e interpelações são outras, que resumo em: é cristológico ou não? (E isto para elementos tanto da tradição como da "vã guarda").
Um abraço em Cristo.
Cara Contra-Corrente
Já dei uma resposta ao teu comentário.
Centremo-nos só no essencial. No legalismo que atinge, por vezes, proporções desumanizantes na Igreja, não achas que estamos a ir contra o Evangelho?
A prática de Jesus não foi a de libertar as pessoas do peso excessivo das leis?
A vida da fé é desafiante. Não chega obedecermos à lei para saber o que é justo.
Eu, até posso ser capaz de viver uma vida configurada com Jesus Cristo (não quero dizer que isso aconteça), mas isso não me dá autoridade para impor os meus "padrões" aos outros.
Cara contra-corrente, geralmente, só impomos determinados padrões aos outros até percebermos que também falhamos.
Costumo dizer que, só nos consideramos justos, até nos LEVANTARMOS da primeira queda.
Sempre ao dispôr para os teus comentários.
MC:
Não achas que criticamos demasiado os outros e não vemos os nossos próprios defeitos?
Eu pelo menos acho que se critica demasiado a igreja hierárquica (que não é perfeita concerteza!)e damos assim um mau testemunho.
Jesus diz:«Não julgueis para não serdes julgados, não condeneis para não serdes condenados.»
O que eu mais ouço é criticar os políticos, os padres, os médicos, etc., etc....
Acho que não construimos assim mas só destruimos.
Cara Em contra-corrente.
Abusando um pouco visto não ter sido directamente interpelado, pergunto: Então e no caso dum irmão, prior ou não, estar a julgar e a condenar?
Faço notar que não estou nem de longe nem de perto a referir-me ao caso referido no post da MC, ou outro qualquer. Interrogar nem sempre é julgar :)As questões surgem por princípio, sobretudo.
Um abraço.
Há uma crítica, Vítor, que é construtiva porque tem como objecto melhorar comportamentos.
Quando eu ralho e faço ver aos meus filhos ou marido que o seu comportamento não é o melhor, devo fazê-lo não perante os outros mas em privado. Se eu o fizesse perante os outros eles levariam a mal e não os ajudava a mudar, antes pelo contrário.
Mas ouço muitas mulheres a dizerem mal do marido e até, uma ou outra, dos filhos. E isto em público. Eles têm todos os defeitos!...
Aí penso que se trata duma crítica que não ajuda em nada.
Tal e qual a crítica que vejo fazer-se aos padres e bispos e ao próprio papa (para não falar já em pessoas de outras classes ou misteres). Eles deviam permitir que todos pudessem receber os sacramentos, liberalizar o aborto, deixar de ensinar determinadas doutrinas por mais tradicionais que sejam na Igreja e conformes à Bíblia, etc., etc..
Eu posso estar enganada mas não concordo com tais críticas.
Esta a minha crítica que desejo que seja construtiva.
Um abraço fraternal a todos os que me lerem.
Cara Em contra-corrente.
Ou sou eu ou... é que fiquei com a impressão que não leu os meus comentários.
Não se trata de criticar seja quem for, mas de responder a interpelações que situações, ideias, imagens etc fazem à fé cristã.
É aliás uma das formas de a aprofundar.
Quanto às críticas e supostas permissões canónicas de que fala, não tenho nada que ver com isso.
Penso que é preciso ter cuidado, repito, com certos retratos-robots que brotam de certas dicotomias tais como tradicionalistas / "vã guardistas", integristas / modernistas etc etc etc que servem a mais das vezes para manipulações políticas e outras que tais, e raramente para a comunhão e aprofundamento da fé.
E já agora e evidentemente, eu também posso estar enganado ;)
Um abraço.
Contra-Corrente,
Obrigada por me visitar lá no blog!
Estou a ver o teu, gostei, e deparo com esta polêmica.
Acho que nos preocupamos em demasia com o que falam os outros.
Devemos falar menos, amar mais e evangelizar com esmêro para que Cristo volte logo!
Quando queremos mudar alguma coisa devemos orar e jejuar. Deus é somente amor para com todos, sem exceção. E por causa deste amor, as pessoas se modificam para melhor! "Eis que tudo se faz novo!", e devagar, "reconhecendo-O em todos os seus caminhos, Ele indireitará as tuas veredas." Pr3:6
Que possamos continuar boas amigas de blog!
Abraços
Estou de acordo Marlene.
Se queremos mudar alguma coisa temos de orar e jejuar. E mais importante: agir com amor.
Por isso são vãs as polémicas e as críticas. Podem separar ainda mais as partes.
Beijos e obrigada pelo conselho.
Cara Em contra-corrente.
Isto é que sou cá um melga! :)
Dialéctica não é divisão, diálogo não é separação. A unidade espiritual e amorosa não é uma massificação das consciências e das diferenças.
E claro que é cristologicamente fundamental orar e jejuar e sobretudo agir com e no amor. Os alhos não excluem os bogalhos; orar e jejuar não substituem nem anulam o pensamento e a discussão de aprofundamento doutrinal e religioso.
Abraço de e no amor.
Cara Contra Corrente:
Plenamente de acordo contigo.
Devemos criticar, sim, mas com humildade e amor, com mansidão e prudência (e se acharmos que é mesmo necesssário para um maior bem ou para evitarmos males piores), como nos ensinou Jesus e como praticaram os Santos.
Efectivamente, há alturas em que nos devemos manter 'neutros', digo, tolerantes/compreensivos, a fim de evitarmos males piores.
Mas não por cobardia, egoísmo ou comodismo, ou para simplesmente ficarmos bem-vistos.
E isso na medida em que (por vezes, em casos especiais/pontuais), como diz o ditado: "a palavra é de prata, mas o silêncio é de ouro".
Por vezes, o silêncio vale muito mais que a palavra, como aliás sabemos por experiência própria, sobretudo quando sabemos/intuímos que corremos o risco de sermos bastante mal interpretados (com resultados mais negativos que positivos), ainda que o façamos com a melhor das intenções, ou com carradas de razões.
Mas, como em tudo, devemos tentar praticar a virtude do Discernimento/prudência, que nos faz distinguir/acautelar, moral e cristãmente, o nosso modo mais correcto de agir, segundo a Vontade de Deus, tanto quanto possível.
Para tudo isso, e não só, é realmente preciso, como muito bem diz a Marlene, bastante "oração e jejum", ou seja, também 'meditação e penitência' (piedade, reflexão, sacrifício, abnegação, altruísmo), que é uma 'coisa' que quase ninguém gosta de fazer, antes pelo contrário, infelizmente - a maioria dos 'cristãos' detesta fazê-lo, e critica isso mesmo e quem o faz, como se fosse um pecado, defeito ou vício ruim e antinatural, de funestas consequências, sendo as pessoas assim levadas para o extremo oposto: o materialismo, o consumismo, o hedonismo, ou excessivo prazer-dos-sentidos/concupiscência, no seu pior; estes, sim, de consequências extremamente desastrosas e nefastos, moral e espiritualmente falando...
Continua assim, cara CC.
"Cristo conta connosco"!
Abraço fraterno e dedicado.
J. Mariano
Nota extra:
Também gostei muito do teu comentário/parecer em relação àquele infeliz post/artigo do "Confessionário no confessionário", perante uma situação extremamente íntima e escabrosa, que, independenrtemente de ser ou não real, nunca deveria ter sido exposta num blogue 'católico', ou pretensamente cristão, e muito menos ainda por um 'sacerdote católico', pois é extremamente chocante e escandaloso (além de anticlariacal e anticanónico), sobretudo nos aspectos moral, cristão e católico, muitíssimo mais da parte do 'padre-confessor' do que da 'pseudo-penitente', e sobretudo da parte do responsável/irresponsável por tal blogue "da má-lingua, blasfémia e insolência" (género crónicas heréticas e anticatólicas do 'padre Mário da Lixa'), o qual, na minha sincera opinião e por isso mesmo, deveria ser imediatamente fechado para sempre, por vondade do próprio ou por quem de direito...
Mariano
tu falas, falas, falas e muitas vezes não dizes nada.
Ou melhor és cinico, maldoso, deturpas o sentido das coisas, ofendes. Só porque te afirmas cem por cento católico (não sei quem é que te passou o certificado) achas que podes dizer o que queres dos outros.
No caso que eu apresentei, onde é que está o escândalo?
Como é que te sentias se se tivesse passado contigo? Consegues por-te do lado da moça? Não tens também na tua vida motivos para pedir perdão? Estás sempre a dizer-te pecador e patatipatatá, mas és muito apressado a julgar e condenar os outros.
Achas que a doutrina é resposta para tudo. Não é. Nem ela é, e muitas vezes na Igreja, à sombra da doutrina ofendem-se gravemente as pessoas e logo a Deus. "O que fizeres a um destes pequeninos..." Lembras-te?
Estás a ser injusto com o padre do confessionário. Nem o conheces. Qual é o problema do caso que ele apresentou? Ele já explicou que não foi em confissão. Mas tu finges que não leste. És maldoso.
O que é que achas incorrecto? Parece-te uma mentira? O assunto é para ser apenas resolvido entre padres? O que diz respeito aos padres não nos diz a nós? Não somos todos Igreja?
E o padre Mário, o que é que há de errado com ele?
Mariano a Igreja não é apenas como tu a vês e estás habituado a viver, há muitos outros modos de ser Igreja.
Eu já estou habituada aos teus excessos. Já te vi escreveres coisas e depois teres de corrigir, aprecio os teus esforços, mas acho que tens uma enorme insegurança que te faz descansar atrás da ortodoxia e da doutrina, em vez de te assumires como és.
A Igreja não é só para os puros. Se fosse, não estava lá ninguém.
Pensas que por teres feito algumas coisas na Igreja, andares neste ou naquele movimento, te põe uns degraus acima dos outros, estás muito enganado. Enganas-te e enganas os outros.
Chamas com muita facilidade heréticos aos outros. Já pensaste que atrás da tua ortodoxia podes ainda estar a ser mais herético do que aqueles que assinalas?
Além de mais és um sonso. Porque é que não continuaste a debater no confesionário e viste para aqui para este blogue onde estás "quentinho". Olha os tomates não são só para enfeitar. São para usar quando é preciso. Choquei-te? Não tens?
Prezada MC
Recebido, entendido e registado...
Sem ressentimentos, respeito essas tuas opiniões - que julgo sinceras, embora por vezes exageradas, injustas e/ou agressivas -, pelo que obviamente não concordo com elas na sua generalidade, salvo raras e honrosas excepções.
E explico porquê (à minha maneira, claro):
1. Não, acho mesmo que não sou... «cínico e maldoso», como me pintas; nem sequer «deturpo o sentido das coisas» advertidamente, nem tão pouco «ofendo» as pessoas voluntariamente - nem em consciência nem por sadismo ou vingança, Deus me livre! -, ao contrário do que me acusas.
a) Tenho naturalmente outros defeitos, mas creio sinceramente não ter esses (graças a Deus!), embora não me considere livre disso ou pior ainda, pois não me considero melhor que ninguém (ante pelo contrário), sobretudo se deixar de fazer a minha parte, a que Deus me confiou, e por isso mesmo Deus então não satisfará gratuitamente o Seu "acréscimo", como prometeu.
2. E isto, segundo a tua opinião expressa, que considero bastante facciosa ou tendenciosa e exagerada (desculpa lá), ao dizeres:
a) «Só porque te afirmas cem por cento católico (não sei quem é que te passou o certificado) achas que podes dizer o que queres dos outros»...
3. Sou classificado, embora injustamente, de «cínico, maldoso, deturpador, ofensivo»..., mas exactamente porquê?
a) Só porque ouso citar, lembrar ou explicar certas Verdades e Doutrinas, reconhecidas ética e moralmente pela maioria dos Cristãos, para além de baseadas concretamente nas Sagradas Escrituras, e assim mesmo confirmadas e ensinadas pelo Magistério da Igreja (algumas delas como autênticos Dogmas de Fé), Verdades e Doutrinas essas que não admitem, de modo nenhum, duas ou mais interpretações, ou a mais pequena distorsão, segundo o capricho ou comomodismo de cada qual - sobretudo no caso específico dos Cristãos Católicos -, principalmente porque constituem o âmago da Revelação Bíblica ou Palavra de Deus?
b) Só porque, por vezes, ouso denunciar, justa, prudente e moderadamente, certas anomalias ou infracções morais e religiosas consideradas graves ou escandalosas, que contrariam, aberta e/ou radicalmente, os mesmo pressupostos bíblicos e eclesiais apresentados na alínea anterior?
c) Mas nunca por aqueles supostos pretextos e insinuações que referes acima, no "nº 2, alínea a)", visto que:
4. Estou no meu pleno direito de afirmar-me e identificar-me, sempre que necessário e oportuno, sem falsa modéstia nem cobardia, como "Católico convicto e conservador", cem por cento fiel ao Santo Padre - pois é só este o único e verdadeiro Catolicismo, a única e verdadeira Igreja de Cristo! -; ou como "cem por cento Católico" [não porque o seja de facto a 100%, o que é apenas uma metáfora, dado que infelizmente estou ainda muito longe disso, por culpa e defeito meus!], mas porque é essa, sim, a minha meta, a minha obrigação e prioridade essencial, acima de tudo e de todos, segundo a Vontade de Deus; ou, por outras palavras, segundo o único e principal fim para que todos nós fomos criados, dado que se trata de Deveres sagrados, comuns a toda a Humanidade, sem excepçãp alguma...
a) Efectivamente, por tal Ideal sumamente Divino, supremo e eterno, luto com todas as forças da minha alma e coração, ainda que caia ou erre muitas vezes (com grande desgosto meu, mas sem esmorecer ou desesperar!), pois confio deveras que Deus fará por nós, por todos os que lutam quanto podem, tudo aquilo que, sendo absolutamente necessário, não se encontra, porém, ao nosso alcance, dado sermos tão fracos, pobres e limitados, vivendo entre tantos perigos, tentações e tribulações...
5. « Não sabes quem me passou o "certificado de cem por cento Católico" » ?!
Ora essa!...
a) Foram os meus queridos Pais (que já vivem com Deus na Eternidade!), os meus zelosos Padrinhos e o Sacerdote ministro de Cristo, quando decidiram baptizar-me em nome de Deus, passando assim a ser filho de Deus Pai, irmão de Deus Filho (Jesus Cristo), e esposo de Deus Espírito Santo!
b) A parti daí (a partir dos meus pais e padrinhos como primeiros responsáveis e educadores cristãos), sobretudo quando alcancei o uso da razão, assim eu próprio assumi maioritariamente tão sagrado Compromisso (aproximadamente ao tempo das minhas primeiras e felizes Confissão e Comunhão), o sagrado Dever e Obrigação, dentro da Fé, Esperança e Caridade, que felizmente Deus me confiou, de não só manter e aumentar a Graça baptismal, a todo o custo, mas também de transmiti-la aos outros, ao Próximo (seja ele quem for), através das minhas palavras e acções e sobretudo através do meu bom exemplo.
c) É isso, precisamente, que procuro fazer, sabe Deus com que sacrifício, já há mais de cinquenta anos, graças a Deus, e a prova disso é que Ele nunca me faltou quando mais precisava d'Ele, não obstante muitas tentações e dificuldades, muitos sofrimentos e adversidades, bastante quedas e ingratidões, o que Deus perdoa sempre se soubermos reconhecer humildemente e se tentarmos sempre emendar-nos contrictamente, pois Ele é, simultânea e realmente, infinitamente Justo e Misericordioso, sempre disposto a perdoar tudo, se cumprirmos a nossa parte de verdadeira fidelidade, luta e conversão...
* Esta réplica de comentário, dirigida à MC em particular, continuará oportuna/brevemente, se Deus quiser, pois já me alonguei demasiado, apesar de ainda só ter repondido ao primeiro parágrafo (§).
C C C - CRISTO CONTA CONNOSCO !
Abraços para todos, e em especial para a MC e para a CC, em Jesus e Maria.
José Mariano
* * *
Nota extra:
MC, por favor, não fique aborrecida ou melindrada comigo, pois creio bem não haver razão nenhuma/mínima para tal, pelo menos com a amplitude que insinuou... Fique em paz!
Além disso, "a procissão ainda só vai no adro".
Lembro novamente que as nossas diferenças de opinião não podem significar inimizade ou malquerença.
Somos diferentes, com educação desigual e expostos a problemas díspares.
Mantenhamos o respeito e amizade mútuos. O tempo se encarregará de esclarecer melhor os problemas.
Um abraço fraterno para todos.
Caros, olá!
Num pequeno abuso, faço minhas as palavras do último comentário da anfitriã Em-contra-corrente, não por moles concórdias que não são nada o meu género, mas porque nada disto é tão claro como nos pode por vezes fazer crer o modo particular de cada qual ser cristão.
Mas também penso que o ser directo e frontal como o Mariano e a MC foram, desde que amorosamente (sempre fui piroso;) é essencial a uma comunhão autêntica e não de fachada.
Enfim...
Abraços amorosos e frontais.
Comento sobre o comentário de Vitor mácula:
Gostei do seu texto. Contudo tenho de corrigir com vigor um pequeno erro que tem dado muito erros.
Toda a "vanguarda" e "conservadorismo" não são vertentes da Igreja mas sim correntes que provêm do pensamento laico. A verdade é uma e não duas.
Então qual é o problema? É o conceito de "tradição". Tradição nao é COSTUME. A tradição acompanha a revelação ´no seu contexto. Esse contexto explica.
A tradição nao é algo estático e morto, sempre igual. A tradição dá enquadramento ao que referiu como cristológico.
Estude essa questão por bons livros sff.
Comento sobre o texto de MC:
Entendo. Contudo preoucupa-me o facto de para afirmar meia verdade ter de escrever coisas que enfim.
A verdade nao se pode impor. Já reparou que NUNCA mostra uma verdade a alguem que essa pessoa nao conheça já? pois... Então cuidado para nao cair na "ditadura do relativismo" condenada recentemente pelo Papa.
Por outro lado Cristo nao veio libertar de leis. Espero que nao se sinta oprimido por elas. "dá a Ceser oque é de Cesar e a Deus oque é de Deus". Permita-me refurmular: Cristo é Verdade. A Verdade não está nas leis mas essas leis podem derivar da Verdade. Ou pensa que até as leis da natureza não são completas dimanações da Verdade?
A "minha verdade" nao é a Verdade, e tal como as leis, convem que "eu" possa fazer transparecer a Verdade.
O meu texto está um pouco resumido. Mas dá para entender.
Daqui a 2 horas vou á missa.
Lembra-me que sempre que lá vou fico com pena de não ter escolha e ir a outro lado.
Eu já nem falo em "donos de sacramentos" mas em donos de ministérios.
Há uma "Igreja epidérmica", muito pobre, ignorante, protectora das verdades particulares em nome de Deus, muitos medos, muita aparencia.
Amigos... é preferível agir menos e bem doque muito e mal. Penso que a Igreja tem de ser qualitativa, porque estou farto de ouvir "evangelizar" e de ouvir vozes vazias de vivência e cheias de adjectivos e frazes feitas " cristo vilho de Deus vido que morreu por nós..." "eu dou testemunho de vida e evangelizar" "participar activamente porque.." ... e no fundo, numa abordagem directa e clara, a um senhor padre meu amigo, demonstrou, como em outros casos, que a verbalização é muita e a explicação é muito pouca. Falar e não entender é enganar. Será que andam muito "evangelizador" a ter de ser evangelizado?
Não duvido...
e assim vai a Igreja a apostar em novas formas de isto e aquilo (acçao directa sobre os outros) em vez de olhar para sí e reparar as suas falhas.
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