quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Perguntas, perguntas, perguntas...

É uma pessoa praticante que busca sempre as razões de acreditar. Tem a preocupação de ler e de se informar sobre a Igreja da qual gosta de falar "com quem tem obrigação de saber mais do que eu", como refere. Diz que "gostava de saber mais para amar mais e melhor". Há dias conversamos e foi colando as suas inquietações:
- Para quê os padrinhos de Baptismo que hoje só causam problemas à Igreja e depois nada assumem (ou porque não querem, ou porque não podem, ou porque os pais não deixam)?
- Por que razão se mantém o celibato dos padres quando é consensual entre os cristãos que os padres se poderiam casar?
- A Igreja continua a insistir na proibição dos métodos anti-concepcionais não naturais e no não uso do preservativo. Não seria muito mais credível se se concentrasse no essencial, como a defesa da vida desde a sua concepção até à sua morte natural?
- Por mais explicações que me dêem ainda não entendi nem encontrei pessoas que tivessem entendido isto:um casal celebrou o seu matrimónio, mas o casamento, por esta razão ou aquela, não deu certo. Em muitos casos, transformou-se num calvário vivo. O casal separou-se e um deles ou os dois recasaram. São agora felizes e vivem em lares felizes. Por que razão não podem comungar nem ser padrinhos? Então não quer Deus a felicidade do homem? E não dizemos nós que onde há caridade e amor aí está Deus? E então um casamento sem amor não é "prostituição legalizada"?
- Aqui há uns anos começou a generalizar-se a celebração da Penitência com absolvição geral. A Igreja interveio e proibiu esta forma de celebração da penitência como modo normal. Resultado, cada vez menos gente se abeira do Sacramento da Confissão. Não era mais do que tempo de a Igreja rever a celebração deste Sacramento? Ou estão à espera que ele acabe por "falta de uso"?
- Por que razão a Igreja fala tanto, tanto das vocações sacerdotais e se preocupa tão pouco com os leigos que, como o senhor muitas vezes diz, são a maioria absoluta dentro da Igreja? Ou os leigos só são Igreja no papel?
- Como já lhe ouvi e eu concordo, há muita falta de coerência e de verdade na vida de muitos baptizados. Só aparecem quando empurrados (são levados no Baptismo, são influenciados pelos pais para as "comunhões" e voltam a ser levados quando morrem). Não compreendo a "Missa de corpo presente" por quem nunca a quis durante a vida. Acho que há aqui uma violação da liberdade da pessoa. Porque não se toma uma posição? Claro que um pároco só por si não a pode tomar, pois seria trucidado, mas a Igreja pode e deve... Por que razão não o faz? Será que ainda está agarrada à velha cristandade embora saiba que esta já foi?...
- Desgosta-me imenso todo o espaço que a Igreja oferece ao conservadorismo quando, ao mesmo o tempo, o retira aos que querem caminhar, abrir horizontes. Numa Igreja - comunhão não deveria haver o mesmo espaço para todos? E mais até para os que fazem a Igreja dar passos em direcção ao futuro?
- Penso que deveria ser pensado o tempo de estada de um padre e de um bispo num determinado serviço (seja diocese, paróquia ou outro serviço). Quer se queira quer não, as pessoas acabam por se repetir e por cansar e, com isso, desmotivar. Além disso, com equipas sacerdotais as comunidades seriam servidas de maneira mais completa, quer pela variedade de estilos quer pela complementaridade de competências. Concorda?
- Sei que, no seu tempo, São Bás foi proposto para Bispo pelos cristãos daquela terra. Não acha que nós, os cristãos, deveríamos ter uma palavra a dizer na nomeação dos nossos Bispos e Párocos?
- Acho que a Igreja precisa de um novo Concílio onde estas e outras questões mais importantes possam ser aclaradas e surjam propostas evangélicas como reposta aos problemas do tempo actual...

Aqui partilho com os amigos visitantes as inquietações desta pessoa. Quem quiser ajudar a esclarecer ou partilhar as suas inquietações, faça o favor.
Obrigado.
Copiado de Asas da Montanha

6 Comments:

Anonymous Cátia Costa said...

Éh pá!
Concordo com as perguntas mas acho que podiam ser menos.

quinta fev. 25, 08:27:00 da tarde 2010  
Anonymous carissimos said...

Tanta pergunta e tão pouca resposta!...

sábado fev. 27, 11:54:00 da manhã 2010  
Blogger didi said...

Venha passar a Páscoa e Campos do Jordão, o feriado promete além de muito chocolate muita festa e agitação. O final de semana da pásco é chamado de esquenta da Temporada ou esfria para os mais radicais, já que a tempratura já começa a baixar e a camiseta começa a fugir do cenário do jordanense, aproveite para reservar seu hotel ou pousada e ficar por dentro das novidades do Feriadão. Esse ano a novidade do Guia de Campos do Jordão é o Guia de imóveis com dezenas de luxuosas mansões para você que prefere mais privacidade. Venha para campos do Jordão, mas lembre-se você começa a subir por aqui www.camposdojordao.inf.br

segunda mar. 01, 02:48:00 da manhã 2010  
Blogger Unknown said...

Em tudo a Igreja está muito certa. A única coisa que falta é uma explicação viável... tudo que se define como pecado prejudica o pecador. Ele perde a graça de Deus.
Um casal que separa, transgride contra a própria palavra. Quem persevera, mesmo correndo risco de morte, como no caso de mulheres agredidas por esposos, vai receber recompensa.
O que proporciona a felicidade de um ser não é uma aparência agradável, mas uma consciência louvável.
Você já ouviu falar em sofrer sem sentir dor? Pois saiba que mais possível é sentir dor sem, no entanto, sofrer por causa delas!!!

terça abr. 06, 06:39:00 da manhã 2010  
Blogger Unknown said...

Quando um ser consegue compreender-se, aceitar-se e perdoar-se aprende a doar-se e passa a desejar que o semelhante tenha os mesmos sentimentos, mas sabe que só DEUS os dispensa. Aquele que não oferece nada é porque ainda não recebeu e não tem nem para si mesmo.
A colheita da PAZ depende da semeadura do AMOR que, a partir da VERDADE de cada ser, faz brotar em sua consciência a FIDELIDADE, fruto mais saboroso que se pode cultivar.
O pecado não está em querer realizar os desejos da carne, mas em crer que essa é a maior necessidade do ser.
Visita meus blogs e encontrará muitas respostas.
Abraços

terça abr. 06, 06:44:00 da manhã 2010  
Blogger Unknown said...

O Imposto de Renda é igual à confissão, pois em ambos há necessidade de se declarar apenas o que pertence a cada um, mas sempre se coloca "dependentes" na esperança de se obter restituição.
Não é necessário que se respeite o que os outros pensam, mas é imprescindível que se tenha a certeza de que o que se pensa é digno do próprio respeito.
O AMOR É VITORIOSO EM QUAQUER AÇÃO E INSUPERÁVEL NAS REAÇÕES.

terça abr. 27, 05:17:00 da manhã 2010  

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